III –- A Civilização Grega
C – No período ateniense
A família ateniense, a educação, os costumes
a) a família
- A velha família já tinha desaparecido, mas a religião continuava a unir os membros da família restrita, pois cada família tinha seus deuses domésticos. Em cada família praticava-se o culto dos antepassados e o culto do fogo sagrado (no centro da sala principal).
A família deveria perpetuar-se ; o casamento era um dever. O pai era o sacerdote de essa família e sua religião.
b) a educação
- O ideal educativo está expresso na “Oração fúnebre de Péricles” de Tucídides (464-410):
“Não educamos as nossas crianças por meios violentos; deixamos que livremente se desenvolvam até fazerem-se homens. Amamos e cultivamos o belo [...]; amamos a verdade ...”.
Em Atenas, tal como em Esparta procurava-se formar bons cidadãos, mas tal educação era confiada à família. Ao Estado apenas competia cuidar dos institutos de educação física (palestras para as crianças; gimnasios para os adolescentes).
As donzelas e mulheres casadas viviam no gineceu; nem nas reuniões que o marido realizava em casa tomavam parte. Excepto às festas religiosas, as senhoras honestas raro apareciam em público.
Juridicamente a mulher e a criança estavam submetidas à tutela do homem. Se não tinha filhos podia a mulher ser devolvida à casa do pai.
Nos primeiros 7 anos, o cuidado físico (teophé) era a parte mais importante da educação (amas, geralmente escravas (...), canções de berço (...), jogos).
Aos sete anos começava a 2ª fase ( a paideia), instrução infantil que se estendeu aos adultos.
O ensino infantil (paideia) consistia no ensino musical que se dividia em gramática e música propriamente dita.
O gramático ensina a ler, a escrever e o cálculo.
O ensino da música , regra geral começava depois do da gramática.
A associação da música com a gimnasia deu lugar à dança ou orquéstica (movimentos rítmicos do corpo). Era essencial a pratica do pentatlo: salto, corrida, lançamento do disco e do dardo e o pugilato.
O ensino da adolescência. A efebia. A formação física destes completava-se nos gimnásios. O mais antigo era consagrado ao herói Academo; na época de Péricles construiu-se o de Lykeion, no santuário de Apolo Lykeios. Ao pentatlo juntava-se o pancrácio.
c) A casa e o vestuário, as refeições.
- não havia vidraças (só no tempo do Império Romano)
- casa do pobre e a do rico.
- No período ateniense passa-se a usar tecidos de lã (antes linho). As duas peças desta época era o chitom (túnica) e o himation ( manto).
- parca alimentação; melhor nos dias de festa. Comia-se com as mãos.
Páginas
Notas de José Neves Júnior sobre temas de História.
Iniciamos o blogue com os Sumários de História da Civilização.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Estoicismo (Zenão)
IV - A Filosofia e a cultura científica
e) A fase da crítica ou filosofia do espírito (cont.)
e) A fase da crítica ou filosofia do espírito (cont.)
- Apotese da vontade com o
Estoicismo – Zenão
·
Escritos de Zenão perdidos; conhece-se através
dos discípulos muito posteriores.
·
O estoicismo é uma moral e uma religião, obra
colectiva.
·
A verdade subordinada ao bem e ao útil (valor
pragmático); a procura das causas primeiras subordinado ao “fim final” da vida.
Tal fim é a virtude teórica e prática.
·
Virtude teórica (noções justas sobre as coisas).
·
Virtude prática: actuar segundo a Razão.
·
Toda a actividade deve tender a tornar-nos
melhores.
·
As ideias não têm realidade objectiva: não
existem nem fora das coisas (Platão), nem nas coisas (Aristóteles) – são abstracções.
Epicuro
IV - A Filosofia e a cultura científica
e) A fase da crítica ou filosofia do espírito (cont.)
Apoteose da matéria e negação do pensamento substância em :
Epicuro
• Inimigo da religião tradicional, prejudicial à felicidade.
• Só a observação e o raciocínio nos livram da crença no sobrenatural.
• O fim da ciência é subordinado à Vida – dar-nos a paz. Adoptou o sistema de Demócrito.
• A matéria não é o não-ser de Platão, mas o princípio positivo e único das coisas, o substratum universal, de que a alma, espírito, pensamento, são acidentes.
e) A fase da crítica ou filosofia do espírito (cont.)
Apoteose da matéria e negação do pensamento substância em :
Epicuro
• Inimigo da religião tradicional, prejudicial à felicidade.
• Só a observação e o raciocínio nos livram da crença no sobrenatural.
• O fim da ciência é subordinado à Vida – dar-nos a paz. Adoptou o sistema de Demócrito.
• A matéria não é o não-ser de Platão, mas o princípio positivo e único das coisas, o substratum universal, de que a alma, espírito, pensamento, são acidentes.
Aristóteles
IV - A Filosofia e a cultura científica
e) A fase da crítica ou filosofia do espírito (cont.)
Aristóteles
• De Stagira. Descendente de família de médicos; daí a inclinação para a experiência.
• Em 367 foi estudar para Atenas. Platão já era velho.
• A partir de 334 ensino no Liceu, jardim de Atenas.
• Com o Organon foi criador da lógica, embora já antes a Razão tivesse consciência dos processos empregados (discussão dos Eleatas, Pitagóricos, Sofistas, Socráticos).
• (...)
• A sua obra é uma enciclopédia do século IV.
• Filosofia: ciência do Universal. A Filosofia, ciência do absoluto, de Deus.
• Foi dogmático, porque (...)? temos parte no intelecto activo, Deus, e daí conhecemos o absoluto.
• Razão dá-nos a concepção das coisas como são.
• Em Platão e Aristóteles apoteose do pensamento.
Escrito à margem: categorias (...) causas – 1 material, 2- formal, 3 – eficiente, 4- final. Deus: motor imóvel
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Protágoras/Platão
IV - A Filosofia e a cultura científica
e) A fase da crítica ou filosofia do espírito
Protágoras (tempo de Demócrito)
• O mundo como metamorfose perpétua.
• Relatividade do conhecimento sensorial.
• A Razão dá-nos o imutável, mas como segundo Demócrito a reflexão é o prolongamento da sensação, o nosso conhecimento é incerto. Relativismo da verdade – o indivíduo é a medida do verdadeiro e do falso.
• Negação da metafísica.
• Que o homem se preocupe com o problema da felicidade.
Platão
• De Heraclito recebeu a ideia da transformação perpétua; os sentidos nos enganam; que o imutável não está no sensível mas no Inteligível.
• De Sócrates que nos podemos conhecer a nós e ao soberano bem, graças a um sentido interno infalível.
• Do pitagorismo e dos eleatas tirou a ideia de que esse sentido interno se pode afirmar não só como razão prática, mas como razão teórica, capaz de nos revelar o absoluto.
• Tal como a geometria parte de dados inteligíveis, a filosofia platónica será uma ciência evidente e necessária. Essas intuições à priori serão as ideias, tipos eternos das coisas.
• A ciência de Platão é a ciência das ideias e chamar-se-á dialéctica.
Evolução do pensamento filosófico (1ª fase)
IV - A Filosofia e a cultura científica
a) Origem do pensamento filosófico
b) 2 fases na evolução do pensamento filosófico
- a 1ª da criação espontânea, votada à metafísica, à matemática, à síntese.
- a 2ª à crítica, análise e aplicação da ciência à vida.
1 - a 1ª é dominada pelo problema do devir: os seus sistemas encerram em germe a hipótese monista e atomista.
2 – é de reflexão crítica , preocupada com os problemas da alma, com as questões lógicas e críticas, com o critério da verdade e o fim da existência.
c) Os milesianos
- Tales
- Anaximandro
d) O problema do devir e os três sistemas que pretendem resolvê-lo:
- o eleata
- o de Heraclito
- e o atomista
- o sistema eleta – Parménides (519-454) – o Ser é eterno, imóvel e uno; Zenão ( 468-33) e os seus argumentos
- Heraclito (apoteose do devenir)
• O universo como “sopro quente”, “fogo” em via de transformação e que é eterno.
• O rio da Realidade: o nada produz o ser e reciprocamente.
• O devenir, luta de contrários.
• Todas as coisas derivam do seco e quente e a ele voltam; tudo se transforma: o imutável não existe. Só imutável é a Lei que regula esse processus. É a Razão e só ela que apreende tal lei.
- O atomismo pitagórico (explicação do devir)
• As coisas como números sensíveis
• A Unidade absoluta e a unidade que se opõe ao ? , ou a Monada increada e a monada criada.
- Demócrito (420 a.C)
- as moléculas dotadas de movimento determinadas por forças sem finalidades. Mas fala na “necessidade”.
- o vazio condição do movimento.
a) Origem do pensamento filosófico
b) 2 fases na evolução do pensamento filosófico
- a 1ª da criação espontânea, votada à metafísica, à matemática, à síntese.
- a 2ª à crítica, análise e aplicação da ciência à vida.
1 - a 1ª é dominada pelo problema do devir: os seus sistemas encerram em germe a hipótese monista e atomista.
2 – é de reflexão crítica , preocupada com os problemas da alma, com as questões lógicas e críticas, com o critério da verdade e o fim da existência.
c) Os milesianos
- Tales
- Anaximandro
d) O problema do devir e os três sistemas que pretendem resolvê-lo:
- o eleata
- o de Heraclito
- e o atomista
- o sistema eleta – Parménides (519-454) – o Ser é eterno, imóvel e uno; Zenão ( 468-33) e os seus argumentos
- Heraclito (apoteose do devenir)
• O universo como “sopro quente”, “fogo” em via de transformação e que é eterno.
• O rio da Realidade: o nada produz o ser e reciprocamente.
• O devenir, luta de contrários.
• Todas as coisas derivam do seco e quente e a ele voltam; tudo se transforma: o imutável não existe. Só imutável é a Lei que regula esse processus. É a Razão e só ela que apreende tal lei.
- O atomismo pitagórico (explicação do devir)
• As coisas como números sensíveis
• A Unidade absoluta e a unidade que se opõe ao ? , ou a Monada increada e a monada criada.
- Demócrito (420 a.C)
- as moléculas dotadas de movimento determinadas por forças sem finalidades. Mas fala na “necessidade”.
- o vazio condição do movimento.
domingo, 9 de junho de 2013
A técnica nas civilizações orientais
A - A técnica
nas civilizações orientais
1 – O Neolítico
- O Nilo:
cheias.
- A agricultura no oásis neolítico.
- A
agricultura dependente das cheias.
- Criação de gado.
- No Egipto
rebanhos de antílopes e gazelas.
- Na
Mesopotâmia uso da lã em 3000 e antes.
- Olaria:
cozida;
- Textil: nas
mais remotas aldeias neolíticas do Egipto e da Ásia Ocidental.
Contradições:
Necessidade
de ocupar mais terra – guerra, fomes (...). Resolvidas
pela revolução urbana.
2
– Calcolítico
A) O estádio aldeia é ultrapassado para a solução das contradições
anteriores.
- Invenções sobre invenções que vinham de longe e se aperfeiçoam
(6000-3000): boi, veado, arado, carro, barco, fundição
- Condições de riqueza do ambiente geográfico do Crescente e em torno do
Iran e Índia.
B) Testemunho arqueológico: Sialk
-Sialk no oeste da Pérsia (desde 4300)
- Não se sabe se atinge o início do Neolítico
Sialk I : gado, agricultura, barro cozido com decoração; casas de argila
batida.
SialK II : casas de adobo seco ao sol; cavalos; cobre mais corrente
batido a frio; fornos de louça cozida.
Sialk III: Cobre fundido; ouro e prata; louça à roda.
Sialk IV: 3000 - é colónia de Elamitas que tem escrita.
- Evolução
idêntica na Síria e Assíria. Sincrónico com Sialk:
- Na Assíria
antes de 3000: carros; cerâmica à roda; cobre e bronze. Imp do Sumer . Ao mesmo tempo cidades no Sumer.
- Em síntese:
nos 1000 anos do calcolítico:
Inventos
antes de 3000) espalham-se do Egeu à
Índia// de 3000 a 2000 – ilhas Britânicas, China.
-
Persistência do homem nos lugares habit:
Factores
geográficos e económicos:
a)
A seca
b)
Esforço colectivo. No Nilo e Mesopotâmia (caça).
Povoadores de fora.
c)
Homem preso ao solo
d)
Árvores de fruto
Divisão do trabalho: evolução da aldeia em cidade. Autoridade social sobre o indivíduo.
Divisão do trabalho: evolução da aldeia em cidade. Autoridade social sobre o indivíduo.
C) Revista
sobre os progressos:
1 –
Metalurgia do cobre
- Procura de
objectos mágicos (...)
2 – Arado –
cerca de 3000 – Egipto, Mesopotâmia, Índia
3
- Moeda –
antes de 3000
4
– Navegação – à vela no Egipto e Mediterrâneo
no 3º milénio e mesmo de 3500 a 3000.
Sem vela Egipto logo próximo da Revolução neolítica.
5
– Roda de oleiro
Começa cerca de 3500 (SialK)
No Egipto antes da dos carros: é da 3ª dinastia (2776)
D)
Consequências sociais
Minados
alicerces do matriarcado.
Necessidade
de novos aliados para a sociedade como os operários itinerantes (estrangeiros).
3 - Na Idade do Bronze (a Revolução urbana)
– 3000-2000
a)
De 4000 a 3000 difundem-se técnicas, ciências,
crenças. Quebra do exclusivismo local e da rigidez das instituições.
- Onde o emprego ao máximo dos inventos se fez (Nilo, Mesopotâmia,
Índia), onde em 3000 já há Estados. Vida complexa: variados objectos
encontrados. Templos. Palácios. No ? povoações de mais de uma milha; casas de
dois andares, ruas largas. Aumento da população.
b)
No Sumer
- Os vestígios arqueológicos
permitem seguir a evolução.
- A região: paraíso ao lado de deserto.
- Os primeiros habit. : cabanas de junco e tijolo de lama (aldeias Erech,
Ur); emprego cada vez maior do cobre.
- Em Erech a certa altura vestígios de construções monumentais; um zigurate
de blocos de lodo. Divindades concentram o excesso, considerados senhores do
solo. Classe sacerdotal já no IV milénio. Planos de templos em placas.
- Administração da riqueza implica escrita (placa com sinal de sinete e
cavidades).
- Documentos de pouco após 3000 compreensíveis.
- Na primeira metade de 3000: cidades
- Ur (99 ha )
- Muralhas de Erech e Ur envolvem duas milhas.
- Após 3000 o cemitério de Ur : ourivesaria; tecnologia notável do cobre,
joalharia, escultura, harpas e liras.
- Vidrado transparente.
- Importação de minérios do Indo.
Consequências e contradições:
- Pequena classe que absorve produtos: reduzido mercado. O campesinato
tem de procurar novas terras. Guerra. Surge o Estado.
- Escrita com evolução documentada até à ortografia reconhecida por
todos. Documentos de barro que se conservaram.
c)
A revolução urbana no Egipto
- Coincide com Menes; na Mesopotâmia a união foi cinco séculos depois com
Sargão.
- Não se pode seguir a evolução.
- Sílex no deserto; cobre mais tarde; no Sumer camponeses até tarde usam
pedra.
- O faraó concentra o excesso de riqueza. O túmulo, símbolo da
concentração.
- Também escrita e matemática.
- Sumer: unidade económica é a cidade com campos e aldeias; Egipto:
unidade é o reino.
d)
Na Índia
- Ante de
2500 surge a civilização do bronze final com cidades industriais, com especialização e comércio de longo
curso.
- Ilhas de cultura (...) , em meio do deserto e matos.
- O ambiente: fraca pluviosidade, falta de madeiras, metal e
pedra. Rios permitem o transporte.
- Grandes
cidades.
- Tecidos de lã,
vidro, carroças, barcos.
- Algumas cidades
revelam um poder municipal (Harappa).
e)
Expansão da revolução urbana
- A importação comunicou a Nova Economia às terras próximas:
a) aldeias do Baluquistão
b) Sinetes mesopotâmicos na Ásia Menor e ilhas gregas (3000 a C.)
c) manufacturas egípicas na Síria e Creta.
- O exemplo de Biblos. Objectos de antes Menes lá encontrados. Escrita
egípcia introduzida; todavia cultura giblita
permanece provinciana; conservam uma escrita egípcia arcaica por 1000 anos.
Nesta expansão a cultura neolítica não é suprimida: carácter original das
culturas.
4 – Apogeu do Bronze (2000-1000)
- Durante o
2º milénio a cultura alarga-se muito.
- Apesar das
perturbações, em 1500 as cidades são tão populosas como em 2500. Aumento mesmo
da população. Nível de vida aumentado: 1800 - casa de classe média em Ur.
-
Melhoramento nos transportes: barcos de 120 pessoas no Egipto.
- Carro
ligeiro de cavalos. Carro ao serviço dos poderosos – consolida autoridade
dos Estados
(estabilidade dos impérios Egípcio, Assírio, Hititas).
- Os
progressos técnicos durante os quinze séculos do Bronze: além do carro ligeiro,
armas mais perfeitas, os seguintes apenas:
1 – o número com
valor de ordem
2 – o vidro
3 – escrita alfabética
4 – o ferro
Causas que
explicam a realização de tais progressos, apenas:
1 – Ciência desligada
da oficina
2 – Atitude “escolástica”
dos letrados
3 – Muitos escravos:
não se reconhece a necessidade de alívio do trabalho.
sábado, 8 de junho de 2013
As Civilizações orientais
II - As Civilizações orientais
I – A ciência a técnica e a arte nas civilizações orientais e pré-helénicas e a sua influência na génese da civilização grega
Introdução
a)As invasões glaciarias do 4º. Os grandes períodos da pré-história. Noção sobre a cronologia do Neolítico e o bronze.
b) O Mediterrâneo oriental berço da civilização
c) Os primeiros estabelecimentos humanos no vale do Nilo.
d) O mundo semita: habitat dos semitas:
- o quadrilátero do Saara asiático e os mares que o rodeiam. Influencia marítima na costa.
- A estrada geográfica de entre o Líbano ...
- A Mesopotâmia como via de ligação do Mediterrâneo ao Pérsico.
- Focar as ligações do Istmo ao Pérsico, onde se estabeleceram cidades e reinos – é um crescente entre o delta do Nilo e do Eufrates (“crescente fértil” que será o domínio das civilizações rivais do Egipto). No meio do crescente o deserto onde circulam os nómadas.
- Nesta periferia da Arábia desenvolve-se a raça semita próxima-parente da hamita do Norte de África. Mas aqui a natureza dispersou os homens e esta é antiga. Ausência de depósitos paleolíticos e raros os de neo-líticos que permitam seguir a evolução. Nada sabemos antes do IV milénio; tal conhecimento através dos monumentos egípcios.
e) Semitas e não semitas do próximo oriente antigo
- Do contacto
dos semitas com os homens do Mediterrâneo surgiram vários tipos: beduínos,
cananeus, amorreus, arameus. Tais povos a pouco e pouco vão entrando na
história. Os beduínos após andarem durante vários milénios entre o Egipto e o
Iran conduzindo rebanhos e caravanas, aparecem na B- Mesopot com os cananeus,
ao lado dos sumérios (não-semitas), região em que desde o 4º milénio havia
numerosas cidades. Foram populações das referidas que colonizaram a alta Mesopotâmia e os terraços orientais adjacentes: foi o habitat dos assírios que
se revelam cerca do III milénio (princípio).
A
Palestina foi habitada desde o III milénio,
mas a sua história nacional só começa após a chegada de judeus e arameus
(1400). A norte por essa época (ou 1200) vivem os fenícios ao norte e os
filisteus ao Sul. Na Arábia só por 1000, aparecem estados no Yemen.
Os
sumérios cuja civilização estava em pleno desenvolvimento na B- Mesopot no fim
do IV milénio parece serem oriundos do Turkestan, de onde vieram atravessando o
Iran. Não são semitas.
A
invasão dos povos do mar (século XIII-XII) causou perturbações que duraram 5
séculos. Com o enfraquecimento, por este tempo dos impérios egípcio e assírio
aparecem pequenos estados. Na Síria do Norte aparecem os fenícios e no interior
os arameus. Estes povos aproveitaram para isso a paz egípcio-semita.
Desde
1000 os fenícios simplificaram os hieróglifos e adoptam uma escrita alfabética.
Aos portos da costa da Síria correspondem os da beira do deserto,
arameus-Damasco, kadesh. Os arameus adoptam a escrita prática derivada da
fenícia. Os arameus eram os intermediários através dos desertos. Do século XI ao VII fenícios e arameus têm a supremacia no Mediterrâneo – oriental, aproveitando e
eclipse do Egipto e Assíria.
Os
hebreus, depois da saída do Egipto, formavam o povo de Israel por volta de
século XIII e instalaram-se nas margens do jordão, após lutas com os filisteus.
Em 1000 Saúl reuniu as tribos. Em 970 Salomão dominava do Eufrates ao Istmo.
Cultura e Civilização
Cultura e Civilização
V. Race et Civilization par Michel Leiris – edition Unesco
Civilização é o termo genérico
que se aplica aos sistemas de cultura; cada civilização tem a sua cultura que é
o conjunto de hábitos sociais transmitidos por tradição. Há renovação destes
sistemas de hábitos e há estagnamento. Exemplo curioso é o dos Tasmanios que no
princípio do século XIX, quando lá chegaram os ingleses, se encontravam ainda
na fase do Paleolítico Médio.
Como para os indivíduos, é o adquirido
que conta mais do que o inato; a cultura revela pois o passado histórico
de cada civilização. Há hoje várias culturas e em cada uma certas preocupações
dominantes podem ser consideradas como o
ponto focal da cultura; para os Índios é a vida interior e não a técnica como
para os ocidentais. É com isto que é preciso ter cuidado ao formular-se um
juízo de valor sobre uma cultura.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Sumários de História da Civilização - A história, seu conceito, objecto e método
pág. I
História da civilização
A história, seu conceito, objecto e método
a) História, seu conceito
Estuda: acções colectivas do
género humano; fenómenos da vida social.
Conceito de Oncken (referir a
arquitectura da obra) e a Evolução da Humanidade de Berr.
Na antiguidade a história foi
nascendo do mito; história das dinastias divinas.
No tempo das repúblicas urbanas
Heródoto – história narrativa
Platão – classifica os sistemas
políticos; aborda o problema da origem do Estado
Aristóteles – estudo das instituições
e seus antecedentes históricos
Tucidides – critica dos mitos e
origem da Grécia; analise da guerra do Peleponeso
Políbio – ascende à concepção da
história universal explicativa
A partir de Tito Lívio: a
história ao serviço do grupo dominante; a Eneida.
O cristianismo e a ideia de
Providência ( A Cidade de Deus de Santo Agostinho)
I
- A história nos conventos, nos
séculos IX a XI.
- As crónicas das cidades
italianas
- Os cronistas da costa
(Froissart) e os cronistas do povo (F. Lopes)
- A história burguesa culmina no
XVI com Maquiavel.
- O Renascimento e o humanismo
descobrem as civilizações clássicas.
- Mas o triunfo das monarquias
absolutas cria os Azurara, os João de Barros
No século XVII a Monarquia
lusitana começará a narrativa pelo genesis; Bossuet história providencialista.
- Obscuramente vai-se continuando
o humanismo anterior. Trabalho notável no século XVIII (Montesquieu, Voltaire –
Essai philosophe sur les moeurs; Condorcet – quadro histórico dos progressos do
espírito humano.
- No XIX a História invade a
Universidade
b) Objecto – Actualmente.
Conclusões ( Dinamismo social, diversidade da cultura)
c) Ideia sobre o método: o
documento, suas espécies, ciências auxiliares, crítica histórica.
d) Complexidade causal
e) Conceito de cultura e
civilização.
________________
I – Problema da divisão da
história
Pág. 1
O método, em História
O documento, com ele
se faz a história. Procurar os documentos é a primeira operação a fazer (é a
heurística). Este trabalho, outrora mais difícil do que hoje em que há arquivos
organizados.
Outrora: o investigador só dispunha de alguns documentos.
Hoje: publicam-se colecções de documentos e isto desde o
século XIX. Citar os Portugalie etc. no fim do século XVIII colecções notáveis
de doc. , em França, publicas.
As ciências auxiliares:
É preciso saber utilizar o documento. Quais são pois as
técnicas ou as ciências auxiliares?
1º - A paleografia e a epigrafia
2º - A filologia
3º - Verificação da autenticidade. É objecto da Diplomática.
4º Arqueologia: numismática e heráldica.
A crítica histórica
Série de raciocínios que conduzem, a partir do documento, ao
estabelecimento de factos:
a)
O doc. é de ordem material ou psicológica. No
segundo caso há a contar com o
testemunho que deixou o traço psicológico. O documento escrito não vale por si
mesmo, como o documento material.
b)
Em face do documento, há que ver se não está
deteriorado. É preciso ver como foi produzido para o restituir ao aspecto
primitivo. Este primeiro grupo de operações, incide sobre a escrita, a língua,
as fontes, é a crítica externa ou de erudição.
c)
Depois vem a crítica interna, trabalha por se
representar os estados psicológicos que o autor do documento atravessou. Há que
perguntar: quis dizer o testemunho, se acreditou no que disse, etc.
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